O FC Porto estreou-se esta sexta-feira na Taça de Portugal com Sérgio Conceição a promover um onze com oito alterações numa espécie de “mini revolução” mas a manter algumas das peças chave como Marcano, Ricardo, Brahimi e Aboubakar. Do outro lado o adversário Lusitano de Évora a jogar na sua casa emprestada no estádio do Restelo e a tentar aproveitar ao máximo a festa da Taça. Numa competição em que Sérgio Conceição já declarou publicamente querer conquistar, FC Porto teria assim de ultrapassar bastante inferior mas que, segundo o treinador do Lusitano: “Ninguém é derrotado à partida”. Os eborenses viriam no entanto a ser derrotados e com estrondo, num jogo sem história e de sentido único, a ser resolvido em dois minutos na primeira parte e a ganhar contorno de goleada nos primeiros quinze minutos do segundo tempo.
Com um onze completamente renovado e improvisado para este compromisso da Taça, o FC Porto procurou desde cedo evitar surpresas e isso manifestou-se sobretudo numa avalanche ofensiva dos dragões. Brahimi e Hernâni eram os principais desequilibradores dos azuis e brancos, com o extremo português a tentar mostrar a serviço e a conseguir cruzar três vezes com perigo para a área adversária em menos de dez minutos.
O Lusitano GC Évora procurou manter-se fiel ao seu estilo de jogo mas demonstrou desde cedo grandes dificuldades em manter a posse de bola permitindo o FC Porto assumir por completo o ritmo de jogo. Os eborenses continuavam a facilitar e a ceder bastante espaço nas alas e os dragões aproveitaram esse descuido para desmarcar os seus extremos que continuavam a criar grande perigo. Era uma questão de tempo! Viria mesmo a ser dos pés de um dos extremos, neste caso Brahimi, que iria nascer o primeiro golo dos portistas, com o extremo argelino a assistir Aboubakar que finaliza com facilidade ao minuto 20’. O Lusitano ressentiu-se e de que maneira! Apenas um minuto depois, o mesmo Aboubakar a bisar no encontro. Assistência do estreante Dalot com um cruzamento teleguiado para a cabeça do camaronês a fazer o 10º golo nesta época ao serviço dos dragões e deixando a eliminatória bem encaminhada.
Os eborenses tentavam aos poucos alguns contra-ataques esporádicos mas sem grande perigo naquele que foi um primeiro encontro com raríssimas oportunidades para os homens de Duarte Machado.
Chegava ao fim o segundo tempo, num jogo controlado e de sentido único para o FC Porto, com Aboubakar a “resolver” o jogo em apenas dois minutos.
No segundo tempo adivinhavam-se alterações para o lado do FC Porto tendo em conta o compromisso europeu de terça-feira com o Leipzig. Assim sendo, Brahimi a ceder o lugar a Galeno.
O extremo brasileiro recém-entrado a entrar com tudo e num espaço de cinco minutos conseguiu imprimir grande velocidade na ala esquerda. Foi numa dessas investidas, com a conquista de um pontapé de canto que o FC Porto chegava ao terceiro golo, desta vez pelo pé de Marcano. O placard assinalava o minuto 50’ quando através de um canto cobrado por Otávio, Marcano finaliza com facilidade, dando aos dragões uma vitória ainda mais confortável.
Sérgio Conceição continuava a gerir, desta vez a poupar Aboubakar para a entrada de Luizão com Galeno a assumir o papel de ponta de lança.
O quarto golo surgia de forma quase natural. Desta vez era Otávio a dar “o ar da sua graça” numa excelente iniciativa, com o brasileiro a furar de fora para dentro da área e a rematar colocado para o golo.
E com o quarto segue-se o quinto golo com apenas quinze minutos de segundo tempo. Otávio a lançar Galeno e o brasileiro a conseguir o remate que ainda sofre um desvio enganando Nuno Laurentino. O extremo brasileiro já estava a merecer o golo e conseguiu aproveitar da melhor maneira esta oportunidade deixando uma boa impressão aos adeptos para o futuro.
Com a goleada já assegurada a única incógnita do jogo era saber por quanto é que o FC Porto iria vencer. Os dragões que não tiravam o pé do acelerador na procura incessante de mais golos com o estreante Luizão ainda a cabecear à trave e com Galeno insaciável a desperdiçar a oportunidade de bisar.
O Lusitano GC Évora ainda procurou o golo de honra a cinco mutos do fim com um livre perigoso a sair ao lado da baliza de José Sá. Mas o golo não iria mesmo surgir. Para o Lusitano pelo menos, já que em cima do minuto 90’ o FC Porto através de Hernâni chegava à meia dúzia de golos. Remate “á escorpião” de Hernâni num golaço sem hipóteses para o guardião Laurentino.
O jogo terminava assim como o sonho dos eborenses, com o FC Porto a carimbar a passagem na eliminatória depois deste “massacre” dos dragões no Estádio do Restelo. Deu para tudo neste encontro! Estreias, poupanças e golos, muitos golos.