O maliano foi peça fundamental na conquista do título pelo FC Porto. A sua explosão, poder físico e versatilidade tática encaixaram na perfeição na ideia tática de Sérgio Conceição. Na sua primeira passagem pelo dragão não convenceu, mas o problema era mais coletivo do que individual. O clube e a equipa não atravessavam um bom momento, a instabilidade era grande e o rendimento de Marega foi afetado por tudo isso.
O empréstimo ao Vitória SC foi muito proveitoso para o internacional do Mali que voltou a ganhar confiança no seu futebol e regressou ao FC Porto preparado para um desafio de maior dimensão. Na época passada, ao serviço do Vitória SC, fez 14 golos em 31 jogos, sendo a figura da equipa a par de Tiquinho Soares.
As características de Marega são muito do agrado de Sérgio Conceição, um jogador muito físico, muito intenso, com uma capacidade de atacar a profundidade muito forte e que permite uma alternância tática (dentro do próprio jogo) entre o 4-3-3 e o 4-4-2. Nesta época Marega foi o melhor marcador da equipa na Primeira Liga com 22 golos.
A magnífica época de Marega não passou despercebida a vários “tubarões” do Futebol Europeu e uma possível transferência não está fora de hipótese. Mas quer Sérgio Conceição quer a administração tudo farão para manter uma das peças basilares da equipa e que ganhou junto dos adeptos um crédito enormíssimo.
Marega esteve a grande nível mas não foi o único grande destaque individual da equipa do FC Porto. Não posso deixar de enaltecer a época de Alex Telles o “rei das assistências” e que permitiu a Sérgio Conceição dar mais liberdade tática a Brahimi (jogando mais por zonas interiores) e isso foi importante na dinâmica da equipa e consequentemente na boa época que o argelino realizou. Herrera também realizou uma época brutal sendo um verdadeiro líder em todos os sentidos e que foi coroada com o golo no estádio da Luz.
Espero, e acredito, que estes quatro jogadores: Alex Telles, Herrera, Brahimi e Marega continuem de dragão ao peito na próxima época. Quer pela importância desportiva, quer pela liderança e interação com os adeptos, seria fundamental a sua continuidade.
Foto de Capa: FC Porto
artigo revisto por: Ana Ferreira