O regresso de um FC Porto à Porto!

    Com o título à distância de um ponto, os dias no Dragão vão sendo de expectativa. Falta uma final, em casa, e todos anseiam que esse jogo devolva à equipa o estatuto de Campeão Nacional. Apesar de ainda nada ser certo no que às contas diz respeito, é certo que este FC Porto tem habituado os adeptos a não ceder nos momentos-chave.

    Sérgio Conceição chegou ao Porto com a missão de devolver ao plantel os títulos. Depois de quatro anos a ver o principal rival festejar, era tempo de alterar o rumo dos acontecimentos e devolver o espírito azul e branco ao campeonato. E o trabalho não se adivinhava fácil, sobretudo não havendo a possibilidade de contratar reforços. A primeira missão foi devolver o ânimo aos emprestados que regressaram e, logo depois, convencer os adeptos de que esse seria um caminho de sucesso.

    E poucos jogos após o início da época, já estavam as duas partes convencidas! Sérgio Conceição teve o toque de mágico quando mais era preciso, soube devolver a alma de dragão aos jogadores e a união e a crença aos adeptos. E soube fazer do FC Porto, o FC Porto dos momentos decisivos.

    Os erros cometidos em Paços de Ferreira e Belém deixaram por terra a margem que a equipa levava na frente e permitiram que o SL Benfica assumisse o primeiro lugar da tabela. Era imperial uma resposta “à Porto” e a deslocação à Luz iria servir para isso mesmo. Já sem Kelvin, esperava-se um momento como o do célebre minuto 92. Sem falhas. E foi o que aconteceu. Com Marega disponível, o novo “motor” do ataque portista, a imagem passada era a de procura do golo, ao longo de todo o período de jogo. E já perto do final, a persistência foi premiada, numa altura em que tanto do banco como das bancadas ainda vinha o espírito de crença e incentivo.

    A lotação esgotada no Dragão para o jogo deste Domingo reforça a confiança dos adeptos na equipa
    Fonte: FC Porto

    E na verdade, este FC Porto já havia dado mostras de ser capaz de ultrapassar momentos menos positivos. Numa das deslocações mais difíceis da época, precisamente frente à equipa que este Domingo se desloca ao Dragão, o CD Feirense, as palavras de Brahimi a Fábio Veríssimo, árbitro da partida, serviram de mote para uma batalha “contra tudo e contra todos”: “Nós vamos ganhar!”, repetiu o argelino e, naquele momento, todos acreditaram que assim seria.

    A capacidade de dar as respostas certas nos momentos decisivos voltou a revelar-se no passado fim-de-semana, na Madeira, com mais uma vitória perto do final mas que permitiu aproveitar o deslize do SL Benfica e ficar mais perto do título. Talvez no ano passado esse tenha sido um dos ingredientes em falta. A recordação da recepção ao Vitória de Setúbal na recta final da época anterior, em que havia via verde para ultrapassar os encarnados e chegar à Luz na frente, não deixará por certo a memória dos adeptos. Num jogo em que a vitória se impunha depois da perda de pontos do rival em Paços de Ferreira, e quando isso se traduzia na passagem para o primeiro lugar, a equipa não foi capaz de gerir a ansiedade e cedeu. Cedeu ali, voltou a ceder na Luz, e confirmou um tetra que podia não o ter sido.

    A um ponto do título, em seis possíveis, já ninguém acredita que o desfecho seja de outra cor que não de azul e branco. E apesar de a confirmação poder chegar sábado, ainda antes de entrar em campo, todos acreditam que a verdadeira festa se fará em casa, perante um estádio esgotado. Por estes dias, todos acreditam que este FC Porto vai continuar a ser FC Porto e vencer!

    Foto de Capa: FC Porto

    artigo revisto por: Ana Ferreira

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    Joana Quintas
    Joana Quintashttp://www.bolanarede.pt
    O gosto pela escrita e a paixão pelo desporto, particularmente pelo futebol, tornaram claro que o jornalismo desportivo seria o caminho a seguir. A Joana é licenciada em Ciências da Comunicação, gosta de estar atenta ao que a rodeia e tem, por norma, sempre uma palavra a dizer sobre tudo.                                                                                                                                                 A Joana não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.