Depois de termos lançado uma rubrica acerca dos 10 jogadores que mais vezes envergaram a camisola do FC Porto, hoje damos continuidade à rubrica que recorda aqueles que mais vezes fizeram balançar as redes adversárias de Dragão ao peito.
O nono jogador da lista é Custódio Pinto. Conhecido, na sua época, por “Cabecinha de Ouro”, era um organizador de jogo primoroso com enorme inteligência técnica e tática. Formou uma dupla dinâmica e demolidora no meio campo com o nosso querido e saudoso Pavão e foi durante vários anos capitão da equipa principal de futebol do FC Porto. Representou o clube durante 10 temporadas, entre 1961 e 1971 antes de se mudar para o Vitória de Guimarães para cumprir o sonho de jogar ao lado do irmão, Manuel Pinto. Realizou um total de 311 jogos pelo clube, tendo atingido a impressionante marca de 102 golos apontados (9 dos quais em provas europeias).
Nascido a 9 de Fevereiro de 1942 no Montijo, foi no clube da sua terra natal, o CD Montijo, que deu os primeiros passos como futebolista antes de se mudar para o FC Porto em 1961. Estreou-se de azul e branco no dia 29 de Outubro de 1961, no Estádio das Antas, numa vitória por 1-0 sobre o vizinho Salgueiros numa partida a contar para o Campeonato Nacional.
Pese embora a sua qualidade em campo não tenha tido reflexo no que a títulos conquistados diz respeito, ficará para sempre guardado na história do clube pelos dois golos apontados a 16 de Setembro de 1964 frente aos franceses do Olympique Lyonnais naquela que foi a primeira vitória europeia de sempre do FC Porto (os portistas venceram a partida por 3-0). No seu palmarés conta com uma Taça de Portugal (em 1968) e cinco Taças da Associação de Futebol do Porto. Pobre pecúlio resultado do domínio que os clubes de Lisboa tinham sobre o futebol português naquela época. Deixou o FC Porto em 1971 e no ano de 1975 pendurou as botas.
Alinhou 13 vezes pela seleção nacional (1 golo apontado) e foi um dos três “Magriços” que jogavam no FC Porto (os outros foram Américo e Alberto Festa) e representaram a equipa das quinas no Mundial de 1966, em Inglaterra, pese embora não tenha sido utilizado pela dupla de treinadores Luz Afonso e Otto Glória.
Morreu a 21 de Fevereiro de 2004 como um dos principais símbolos do clube.
Foto de Capa: euteamoporto
artigo revisto por: Ana Ferreira