Saldos: não há duas sem três ou à terceira será de vez?

    eternamocidade

    Acabou o Natal, mas nem por isso as lojas estão mais vazias. É certo que as prendas já foram dadas e recebidas, mas em altura de saldos, tudo vale para encontrar o melhor dos produtos que queremos. Por esta altura também, a 1 de Janeiro, abre-se na Europa o mercado de Inverno. Dizem alguns especialistas que este apenas serve para pequenos reajustes nos plantéis e que toda e qualquer mudança realizada deve ser feita com todo o cuidado para não desvirtuar a equipa na segunda metade da época.

    Certo é que, para o FC Porto, este mercado de Inverno tem servido para bem mais do que simples “reajustes”: a começar em Lucho e Janko em 2012, passando por Liedson e Marat Izmaylov em 2013, os portistas têm aproveitado esta altura para ir buscar nos saldos peças que se revelam fundamentais na segunda volta das temporadas. Do comandante Lucho ao matador Janko, passando pelo versátil Liedson, que fez a assistência para Kelvin no golo do título até ao “desaparecido” Izmaylov, cada um à sua maneira deixaram no clube a sua marca decisiva para a conquista dos últimos campeonatos. Contudo, esta política de contratar em Janeiro pelos portistas não foi feita única e exclusivamente para dotar o plantel de mais qualidade. Mais do que isso, estas compras cirúrgicas vieram tapar buracos no plantel portista das últimas épocas. Não obstante os bons plantéis que o FC Porto veio tendo nos últimos anos, havia sempre um ou outro espaço que parecia não acompanhar as restantes opções do plantel. Dizem os optimistas que é para isso que o mercado de Inverno serve; os pessimistas defendem que uma equipa com o orçamento como o dos portistas não deve esperar tanto tempo para finalmente ter um plantel completo. São duas versões que para mim são verdadeiras e sobre as quais não deve haver grande discussão.

    Quaresma está de regresso ao Dragão / Fonte: Record
    Quaresma está de regresso ao Dragão / Fonte: Record

    E é a poucos dias do início de Janeiro de um novo ano que surge mais um jogador pronto a entrar no mercado de Inverno. Chamavam-lhe o Mustang, de seu nome Ricardo Quaresma. Em 4 épocas de FC Porto ganhou três campeonatos, duas Supertaças, uma Taça de Portugal e uma Taça Intercontinental. Espalhou magia pelos relvados portugueses e deixou saudade quando partiu do Dragão. 6 anos mais tarde, o Cigano regressa: dizem os optimistas que com 30 anos ainda tem muito para dar ao FC Porto, enquanto os pessimistas duvidam da importância de um jogador que não joga há mais de meio ano e que já é trintão. Tal como há pouco o referi, são duas versões que para mim são verdadeiras, e sobre as quais não deve haver grande discussão.

    Em suma, penso que tal como aconteceu nos dois anos anteriores, o FC Porto não vai ao mercado porque quer, mas sim porque precisa. Com um orçamento de 100 milhões de euros, é difícil pensar como a qualidade dos extremos não se assemelha à do restante plantel. Vêm os saldos, vem o mercado de Inverno e Quaresma prepara-se para ser mais um protagonista desta história. Só me resta perguntar é se nesta coisa dos saldos não haverá duas sem três ou se à terceira é mesmo de vez e a coisa dá para torto. Aguardemos por Janeiro. Os portistas agradecem. Quaresma também.

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