CF “Os Belenenses” 1-3 GD Estoril-Praia: Canarinhos levam a melhor em dérbi lisboeta

    Cabeçalho Futebol NacionalO jogo referente à 29.ª jornada da Primeira Liga colocou frente a frente duas equipas atualmente na última metade da classificação: C.F. «Os Belenenses» e G.D. Estoril Praia tinham encontro marcado no Estádio do Restelo, às 16h. Antes do início do jogo, os dois clubes lisboetas não estavam muito longínquos um do outro na tabela classificativa: os Azuis do Restelo estavam no 12.º lugar, com 32 pontos conquistados, ao passo que os Canarinhos eram o 15.º classificado, com 25 pontos amealhados. Previa-se um dérbi lisboeta bem disputado, devido à necessidade de adquirir os pontos suficientes para fugir aos lugares de despromoção à Segunda Liga por parte das duas equipas.

    Vindos de derrotas na jornada anterior (o Belenenses perdeu por 3-0 frente ao F.C. Porto no Dragão e o Estoril foi derrotado por 0-1 pelo Nacional no seu estádio), os dois treinadores decidiram mudar algumas peças nos seus onzes iniciais: do lado da casa, Quim Machado deu a titularidade a Miguel Rosa e Maurides, substituindo Ahman Persson e Fábio Nunes; do lado visitante, Pedro Emanuel trocou três jogadores face ao onze titular da última partida: Ailton, Diogo Amado e Licá alinharam de início, em detrimento de Mano, Matheus Índio e Eduardo Teixeira.

    O jogo começou a um bom ritmo, com os jogadores do Belenenses e do Estoril a quererem desde logo tomar conta do rumo dos acontecimentos, com o surgimento de alguns remates para os dois lados que não causaram qualquer tipo de perigo para os guarda-redes. Aos 8’, o Belenenses esteve perto de inaugurar a partida por Miguel Rosa, mas o remate passou por cima da baliza. Passados dois minutos, o Estoril respondia eficazmente – aos 10’, Kléber fez o primeiro golo do encontro, após remate de Allano e defesa incompleta de Cristiano. O golo tranquilizou a equipa da Amoreira, que passou a controlar melhor o jogo, embora com o Belenenses sempre a tentar visar a baliza adversária. Aos 22’, o conjunto da casa chegou ao empate, através de um cabeceamento de Maurides, após um bom cruzamento do defesa esquerdo Florent Hanin. O empate duraria apenas dois minutos – o Estoril voltava a adiantar-se no marcador aos 24’, por Allano.

    O Belenenses tinha novamente de correr através do prejuízo, com Miguel Rosa a ser o mais inconformado dos Azuis, tentando de tudo para repor a igualdade na partida mas a não ter, contudo, boas ocasiões para fazer o 2-2. No minuto 32’, houve alguma tensão entre os atletas do Belenenses e os do Estoril, devido a uma entrada um pouco mais ríspida dum jogador estorilista e com os adeptos da casa a enervarem-se com a perda de tempo de jogo, mas rapidamente foi controlada pelo árbitro Jorge Ferreira. Nesta altura da partida, o Estoril quase abdicou de atacar, limitando-se apenas a impedir a equipa da casa de chegar com perigo à baliza à guarda de Moreira.

    Aos 40’, a equipa do Restelo esteve perto de fazer o 2-2, após o livre indireto de Diogo Viana, mas a defesa do Estoril afastou a bola da sua área. Já quase perto do final da 1.ª parte, Kléber quase bisou no encontro, mas Cristiano defendeu facilmente o cabeceamento do avançado brasileiro. O dérbi lisboeta chegava ao intervalo com o resultado a favor dos visitantes, com o Estoril a demonstrar um futebol mais decidido e pragmático, daí justificar a vantagem mínima alcançada nos primeiros 45 minutos.

    A 2.ª parte começou sem qualquer alteração nas duas equipas. Logo no início dos segundos 45 minutos, Kléber voltou a ter uma oportunidade flagrante para alargar a vantagem do Estoril, mas o guardião da casa controlou o remate acrobático do atacante. No minuto seguinte, Miguel Rosa voltou a levar perigo à baliza de Moreira, mas sem conseguir marcar o golo. O remate do jogador dos Azuis deu o mote para o Belenenses tomar controlo do jogo, com vista ao alcance do empate, mas com o Estoril à espreita de aproveitar as distrações do conjunto caseiro para lançar rápidos contra-ataques.

    Aos 59’, Quim Machado trocou o capitão Abel Camará por Fábio Nunes, com o objetivo de aproveitar a velocidade e a técnica do português. Aos 61’, o Estoril esteve perto de fazer o 1-3, mas valeu a Cristiano o desacerto do ataque canarinho, após o guardião ter feito uma defesa incompleta, à semelhança do verificado no lance do 0-1. Aos 66’, o capitão do Estoril, Diogo Amado, teve a oportunidade de dilatar a vantagem dos visitantes, mas desta vez Cristiano fez uma defesa segura ao remate.

    A equipa da Amoreira estava mais tranquila no jogo, aproveitando as (muitas) faltas cometidas pelo Belenenses para pausar o ritmo de jogo e estancar as oportunidades da equipa da casa. Aos 70’, Tiago Caeiro entrou para o lugar de Diogo Viana, numa tentativa de serem melhor aproveitados os cruzamentos feitos para a área do Estoril. No minuto 73’, Moreira fez a sua primeira defesa complicada, após remate de Miguel Rosa. Pedro Emanuel decidiu substituir o extremo Allano pelo médio Eduardo, para voltar a ter um maior controlo sobre a zona do meio-campo.

    Já nos últimos dcz minutos da partida, Kléber, o melhor em campo do lado visitante, saiu e foi substituído por Bruno Gomes, mas seria Carlinhos que acabaria com as dúvidas quanto ao vencedor final: aos 84’, o médio brasileiro rematou fora de área para fazer o 1-3. Com o resultado a não estar a favor do Belenenses, os ânimos exaltaram-se junto do banco de suplentes, e o árbitro teve mesmo de expulsar o guarda-redes suplente Filipe Mendes, após palavras proferidas à equipa de arbitragem.

    Até ao final do encontro o Estoril manteve apenas o controlo da posse da bola e a equipa adversária longe da sua área. Pouco tempo depois, o árbitro dava por terminada um boa partida de futebol disputada numa ótima tarde primaveril. Vitória para a equipa do Estoril, que demonstrou ao longo dos 90’ ser mais decidido em querer conquistar os três pontos. O treinador Pedro Emanuel somou o seu 4.º jogo sem perder para o campeonato.

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    Guilherme Costa
    Guilherme Costahttp://www.bolanarede.pt
    O Guilherme é licenciado em Gestão. É um amante de qualquer modalidade desportiva, embora seja o futebol que o faz vibrar mais intensamente. Gosta bastante de rir e de fazer rir as pessoas que o rodeiam, daí acompanhar com bastante regularidade tudo o que envolve o humor.                                                                                                                                                 O Guilherme escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.