No encontro que viu o regresso do CD Nacional à Segunda Liga, os madeirenses não foram além de um empate caseiro frente ao FC Penafiel. A equipa insular, agora orientada por Costinha, sofreu a bem sofrer para amealhar o ponto, numa tarde de muito sol e calor, o que também não ajudou à qualidade do jogo.
Os minutos iniciais trouxeram um futebol frenético, com rápidas jogadas de ataque para ambos os lados, que espicaçaram os adeptos. A boa toada, contudo, esgotou-se à passagem dos cinco minutos, tornando-se então o jogo menos atrativo, salvo os pontuais rasgos ofensivos, mais frequentes do lado insular, mas mais perigosos do lado penafidelense. Um jogo muito mais físico do que aquele a que estavam habituados os alvinegros.
Depois da meia-hora, o Penafiel consentia o domínio ao Nacional, perdendo quase por completo a influência atacante. As aspirações dos madeirenses, no entanto, esbarravam quase sempre na defensiva duriense, ajudada sobremaneira pelos dois médios mais recuados, Rafa Sousa e Romeu Ribeiro. Sem conseguir finalizar e com algumas dificuldades no último passe, foram as bolas paradas que permitiram ao Nacional as suas melhores aproximações.
Depois do intervalo, as duas formações regressaram ligeiramente mais audazes, sobretudo os rubro-negros. E aos 57 minutos, foi mesmo o Penafiel a chegar à vantagem, quando Fortes aproveitou a descompassada defesa nacionalista e, sozinho, frente a Daniel Guimarães atirou ao fundo das redes. Com a equipa forasteira mais interessada em segurar o resultado, a partida tornava-se cada vez mais feia e desinteressante. Nervosa, a turma insular revelava ainda muita dificuldade para articular o seu jogo no terreno do adversário.
Apesar da má organização, o Nacional continuava a tentar e o golo acabou mesmo por chegar, quando aos 86 minutos, o recém-entrado Vanilson atirou de cabeça, sem defesa para Ivo. Com um pouco de sorte, os alvinegros empatavam, com esforço a contenda, apesar da pobre aptidão para atacar. Uma equipa com pouco ritmo e sem capacidade para ligar os setores, Jota foi o inconformado rasgo de lucidez no meio-campo, excecionalmente bom no último passe.