Cabeça levantada e bola no pé, magia e perfume no toque e no passe. Estes seriam somente alguns dos atributos com os quais Bryan Ruiz poderia ser descrito no mundo do futebol.
Um mágico como ainda existem poucos no futebol e que fazia e faz falta ao Sporting. De alguma forma desentendeu-se com Jorge Jesus, mas manteve a sua postura sempre: calma e profissional, nunca desistindo do “seu lugar ao sol” no plantel principal do Sporting Clube de Portugal. Penou durante quatro longos meses na academia do Sporting a treinar à parte e sem “luz ao fundo do túnel” (aparentemente).
Até que Jorge Jesus voltou atrás (e bem) e deu-lhe uma segunda hipótese. Apesar de ainda sem ritmo, o perfume e a magia continuavam lá… mas menos veloz, que os 32 anos já pesam um pouco. Mas apesar de tudo, a menor velocidade é apenas aparente pois sem dar muito nas vistas a verdade é que o capitão da selecção Costa-Riquenha tem aparecido em todo o campo, quer no ataque, quer (mais agora) na defesa.
Creio que aprendeu a fazer somente o que o treinador leonino lhe pede, o que se por um lado lhe faz perder alguma da magia, por outro torna-o num jogador mais de equipa. E agora é comum ver Bryan a correr mais rápido para trás a defender do que a “cavalgar” para o ataque. A postura nos cerca de quatro meses de afastamento da equipa do Sporting manteve-se sempre inabalável: calma e profissional.
E que bom que foi ver o mágico costa-riquenho a regressar aos golos em Alvalade, oito meses após o seu último golo e a sua última titularidade no campeonato português. Os festejos foram iguais a si mesmo: calmos e profissionais, rodeado dos seus colegas, com um sorriso rasgado na cara. Bryan mostrou que é opção e que tal como Jesus revelou de uma conversa sua com o jogador: “quer (mesmo) ser campeão”. Tu mereces… e nós também!