Com o final da temporada, começam logo as conjeturas e as previsões sobre o plantel que vai ser desenhado no verão. Os rumores sobre entradas e saídas duram dois, três, quatro meses, e as equipas técnicas nunca têm vida fácil até ao fecho dos mercados.
Atualmente, a China e a Rússia, mercados que fecham mais tarde, são exemplos de compradores bastante perigosos, dado que podem comprar passes de jogadores até mais tarde, deixando o clube de origem sem hipótese de substituir o ativo que é transacionado. No Sporting, Jorge Jesus e Bruno de Carvalho terão várias dores de cabeça até ao término dos mercados, já depois do início oficial das competições. Islam Slimani, João Mário e William Carvalho são alvos de alguns dos melhores clubes europeus, enquanto existem outros atletas, como Bryan Ruiz ou Teo Gutiérrez, que podem ser alvo dos campeonatos milionários, como por exemplo o chinês.
A estrutura leonina já se anda a precaver para essas possíveis saídas. Por isso, regressam Iuri Medeiros, Wallyson ou João Palhinha, além das contratações já anunciadas de Lukas Spalvis ou Alan Ruiz. Penso que o Sporting não tem muito por onde seja extremamente necessário melhorar na próxima época a nível da equipa-tipo, caso se mantenham os atletas desta época. Onde eu acho que os “leões” podem melhorar é a nível das opções de banco.
Ora bem, assim sendo, vou fazer aqui um pequeno exercício em relação à contagem daquilo que podem ser as opções para o plantel da próxima temporada. Previamente, há que referir que a próxima época terá também Liga dos Campeões, em que serão necessárias melhores hipóteses de escolha do que as da campanha que agora findou. A nível da baliza, a manutenção de Rui Patrício é fundamental para o clube. É o dono do lugar há quase uma década, e assim desejo que continue na próxima. Além disso, é um dos capitães de equipa e uma das vozes de comando do balneário. Na sua sombra mantém-se Azbe Jug, que mostrou qualidades no único jogo em que participou. Depois, existem jovens, como Vladimir Stojkovic ou Pedro Silva, que podem ser integrados no plantel a curto/médio prazo.
Ainda no setor defensivo, penso que a nível de laterais direitos, o lugar fica bem entregue a Ezequiel Schelotto e Ricardo Esgaio, apesar de se estar a equacionar a presença deste último no meio campo. No lado contrário, Marvin Zeegelaar é, quanto a mim, o dono do lugar, e o Sporting poderá tentar adquirir outro jogador para essa posição. Obviamente, isto implica aquilo que seriam, na minha ótica, as positivas vendas de João Pereira e Jefferson. Para o centro da defesa, penso que as quatro escolhas estão encontradas: Sebástian Coates, Rúben Semedo, Paulo Oliveira e Naldo. No centro não é preciso mexer mais; apenas vender Ewerton e emprestar Tobias Figueiredo a um clube da Primeira Liga, onde tenha oportunidade de lutar pela titularidade como Rúben Semedo fez em Setúbal na temporada passada.