Atenção: Coentrão rima com campeão

    sporting cp cabeçalho 1As recentes exibições do lateral esquerdo leonino Fábio Coentrão não podem passar indiferentes à análise futebolística atual. O vilacondense tem-se apresentado na sua melhor forma neste Sporting 2017-18, entendendo-se na perfeição com o seu “parceiro” na ala esquerda, o argentino Marcos Acuña.

    Se, no início da época, todos criticavam a forma física do jogador, hoje parece cada vez mais consensual que o ex-Real Madrid está aí para as curvas. Dá profundidade ao jogo dos leões pela ala esquerda, tendo um pulmão invejável, uma dedicação ao jogo sem limites e boa coordenação técnico-tática. Num sistema de jogo claramente ofensivo como é o da equipa do Sporting, a importância dos laterais e dos extremos é de capital importância no equilíbrio do jogo. E, nesse particular, Coentrão tem estado bem.

    Mas nem tudo são rosas neste caxineiro: o lateral apresenta alguma dificuldade na manobra defensiva da equipa. É algo inegável. O jogo contra o Desportivo das Aves foi o corolário disso mesmo: por várias vezes, o extremo direito dos avenses, o experiente Salvador Agra, deixou o lateral leonino, numas ocasiões, pregado ao chão e, noutras ainda, confuso e desorientado. Coentrão terá que ter mais atenção a estes pequenos (grandes) pormenores.

    Mas a característica que mais sobressai do lateral esquerdo português é mesmo a sua experiência em campo. E, neste capítulo, a sua passagem pelo Real Madrid não pode ser esquecida. Teve apenas o azar – ou a sorte, dependendo da perspetiva – do Real Madrid contar para essa posição com um dos melhores laterais esquerdos do mundo – o brasileiro Marcelo. E Coentrão não tem culpa de Marcelo ser um jogador de outro planeta.

    Pisar um relvado como o Santiago Barnabéu, integrar-se numa equipa de estrelas é algo que não faz só bem ao ego de qualquer um mas dá sobretudo fibra, experiência e maturidade futebolística. Foi o que aconteceu com Fábio Coentrão. Esteve sempre ao lado de campeões. E não é por acaso que Coentrão rima com campeão.

    Fábio Coentrão partilhou o balneário com os melhores do Mundo aquando da sua passagem pelo Real Madrid CF Fonte: Facebook Oficial de Fábio Coentrão
    Fábio Coentrão partilhou o balneário com os melhores do Mundo aquando da sua passagem pelo Real Madrid CF
    Fonte: Facebook Oficial de Fábio Coentrão

    A sua experiência está aliada a uma outra característica que o mesmo não nega: o seu sportinguismo. Disse claramente que o Sporting Clube de Portugal sempre foi o clube do seu coração. Apesar disso, representou sempre ao seu melhor nível todos os emblemas que representou, sendo um excelente profissional. Mas quando o coração fala mais alto não há pernas que se cansem nem dores que não passem.

    Por fim, as recentes exibições de Fábio Coentrão devem, do meu ponto de vista, despertar a atenção do selecionador Fernando Santos. Afinal de contas, a diabolização que alguns têm feito em torno da sua idade e sobre a sua forma física deve ficar apenas com aqueles que muitos criticam e pouco observam. Fernando Santos tem que olhar para ele como deve ser.

    E que pense sobretudo no seguinte: Coentrão rima com campeão.

    Foto de Capa: Facebook Oficial de Fábio Coentrão

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Administrador do AC Milan faz revelação sobre o futuro de Rafael Leão

    O diretor-executivo do AC Milan deixou uma confirmação sobre...

    Xabi Alonso com futuro praticamente definido

    Xabi Alonso está pronto para ficar mais uma temporada...

    Palmeiras de Abel Ferreira vence e está na final do Campeonato Paulista

    O Palmeiras de Abel Ferreira venceu o Grémio Novorizontino...
    Simão Mata
    Simão Matahttp://www.bolanarede.pt
    O Simão é psicólogo de profissão mas isso para aqui não importa nada. O que interessa é que vibra com as vitórias do Sporting Clube de Portugal e sofre perante as derrotas do seu clube. É um Sportinguista do Norte, mais concretamente da Maia, terra que o viu nascer e na qual habita. Considera que os clubes desportivos não estão nos estádios nem nos pavilhões, mas no palpitar frenético do coração dos adeptos e sócios.                                                                                                                                                 O Simão escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.