Olympiacos FC 2-3 Sporting CP: Uma parte de sonho

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    O amuleto Doumbia surgiu uma vez mais no Reino do Leão. O africano, à imagem da equipa que varreu o Steaua, surgiu para derrubar a equipa grega. E quem não acredita em magia africana, só teve de esperar dois minutos para ver o costa-marfinense facturar. O sexagenário estava novamente no sítio certo para abrir o marcador, numa noite que se adivinhava ser empolgante.

    Como esperado, Jorge Jesus não vacilou defensivamente. Manteve os jogadores soberanos, e em boa hora Piccini regressou. A ideia que fica é: por que não existem dois “Piccinis” no plantel leonino? Um para o lado direito e outro para o lado esquerdo, quando Coentrão não conseguir contribuir. Na antevisão deste jogo, já tinha sido alertado que Jonathan Silva era um jogador com várias limitações. Ficaram provadas, neste encontro. Porém, William e Batta encheram o meio campo, alastrando todas as suas qualidades no terreno de jogo. Dobras, pressão, saída de bola, transição, tudo fluiu com grande qualidade.

    Os leões conseguiram uma importante vitória na primeira jornada da Liga dos Campeões Fonte: Uefa.com
    Os leões conseguiram uma importante vitória na primeira jornada da Liga dos Campeões
    Fonte: Uefa.com

    Talvez já “canse” elogiar o maestro Bruno, mas o português espalhou novamente magia por terras gregas. Gelson e Acuña não ficaram atrás – a qualidade de ambos é, também, interminável. Assim, foi com total naturalidade que o Sporting aumentou a vantagem: um contra ataque mortífero concluído por Gelson Martins, após assistência requintada de Doumbia. Decorriam apenas 15 minutos e os gregos estavam calados, sem capacidade para reagir à supremacia verde e branca. E as oportunidades continuaram com os jogadores do Sporting a desperdiçarem, incrivelmente, situações de golo. Bruno rematou ao poste, Gelson tirou tinta da barra, Coates, até ele, falhou na cara do grego e Doumbia, por duas vezes, podia ter, novamente, marcado. O golo tão ansiado acabou por surgir já perto do fim da primeira parte, com outro passe magistral de Coates a isolar Bruno Fernandes. O português, com muita classe, fez o terceiro golo dos leões. Resultado escasso pela quantidade de oportunidades desperdiçadas.

    Doumbia, Gelson Martins e Bruno Fernandes apontaram os três golos leoninos Fonte: Uefa.com
    Doumbia, Gelson Martins e Bruno Fernandes apontaram os três golos leoninos
    Fonte: Uefa.com

    A segunda parte foi jogada num ritmo mais baixo, com o Sporting a procurar manter a posse de bola sem progressão atacante. O Olympiacos não criava perigo e até deu para Rui Patrício entregar o ouro ao bandido, manchando, porventura, todo o trabalho realizado. Jesus percebeu que tinha de mexer, mas substituiu erradamente. O ano passado o Sporting já havia perdido em Madrid porque o treinador leonino retirou os únicos jogadores capazes de criar perigo e manter a bola longe da área. Hoje repetiu a dose. Os dez últimos minutos foram desastrosos, evidenciando, ainda mais, as fragilidades de Jonathan. Dois golos de Pardo, ex-Braga, ainda assustaram, mas foram insuficientes perante uns primeiros quarenta e cinco minutos de futebol mítico.

    Vitória justa da equipa de Alvalade, que podia ter construído um resultado histórico na Grécia. Desde 2008 que o Sporting não vencia fora de casa na Liga dos Campeões. Este ano, já venceu em Bucareste e Atenas. Quebrar mitos e bater recordes, assim soma e segue a equipa de Jesus.

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    António Gonçalves
    António Gonçalveshttp://www.bolanarede.pt
    O António considera-se um analista de verdade e verde e branco com seriedade.                                                                                                                                                 O António não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.