Que Nova Pele Para o Leão?

    Verde e Branco à Risca
    Há muito que estamos habituados a observar o puma rompante no lado direito do peito dos nossos jogadores, visto que o Sporting mantém um contrato com a gigante desportiva alemã desde o ano de 2006. Porém, esta longa ligação, como é do conhecimento público, termina no final da presente época, depois de ter sido renovada há duas temporadas atrás. Posto isto, parece-me pertinente começar a matutar em qual será a próxima aliada dos “Leões” no que toca ao equipamento desportivo, e principalmente em quais serão os benefícios da mudança.

    Equipamento Nike “À Sporting”/ Fonte: Site Sports & Leisurewear
    Equipamento Nike “À Sporting”/ Fonte: Site Sports & Leisurewear

    Normalmente, pela altura de Janeiro, os equipamentos para a temporada seguinte começam a ser elaborados, pelo que deveremos ter novidades em breve, por parte da direcção. Uma coisa é certa: excluindo as últimas duas temporadas e a presente, a Puma não tem feito um bom trabalho, ao demonstrar alguma apetência para descaracterizar o que é a camisola pura e dura do Sporting Clube de Portugal. Para além das questões meramente “fashionistas”, o Sporting é, dos três grandes (de longe), o que lucra menos com patrocínio das marcas desportivas: recebemos cerca de um milhão de euros por ano para vestir Puma, e apenas 10% do valor da venda de merchandising, o que me parece completamente desrespeitoso, tendo em conta a grandeza do clube. Conclusão? Exige-se mudança.

    Sei que, tal como a ligação Sporting/Puma, a ligação FC Porto/Nike também termina no final da presente época, e que o FC Porto passará a ser patrocinado pela norte-americana Warrior, que rubricou um contrato milionário com o Liverpool há duas temporadas. Posto isto, a, também americana Nike ficará sem representação nacional a nível de clubes (Académica, Vitória de Guimarães e Belenenses não possuem patrocínio da Nike, apesar de vestirem equipamentos da marca). Poderá esta ser uma boa oportunidade para “passarmos de burro para cavalo” e rubricarmos um contrato mais proveitoso com uma das marcas mais prestigiadas do mundo? Adorava, mas não é disso que se fala na blogosfera.
    Nos blogues sportinguistas e desportivos no geral, fala-se de uma suposta visita de dirigentes leoninos a Bolonha, com o objectivo de negociar contrato com a marca italiana Macron. Esta marca tem tido um “hype” considerável nos últimos anos, aliando-se a clubes em voga, como o Mónaco ou o Nápoles, para além da Lazio, Aston Villa, Bétis, AZ ou mesmo o SC Braga. Se me parece uma boa opção? Bem, não é uma Nike nem uma Adidas, nem até mesmo uma Puma; porém, as marcas têm de ter oportunidade de crescer para poderem ombrear com marcas de nível teoricamente superior.

    Equipamento Macron com listas verde-e-brancas/ Fonte: Site Oficial da Macron
    Equipamento Macron com listas verde-e-brancas/ Fonte: Site Oficial da Macron

    A questão da Macron, no meu entender, depende muito dos valores em questão: os valores pagos pela Puma nos últimos anos têm de ser batidos obrigatoriamente, porque, como é óbvio, precisamos de equilibrar as contas, e o patrocínio da marca desportiva de um clube tem de ser uma fatia importante do lucro da instituição. Porém, esta questão, por si só, pode não chegar. Imaginemos que a Macron oferecia ao Sporting um contrato de dois milhões por ano e que a Nike se chegava à frente com 1,5 milhões/ano. Deveríamos aceitar a proposta da Macron por ser mais choruda, certo? Errado. Neste caso, a meu ver, a proposta da Nike deveria ser aceite sem pensar duas vezes, devido ao simples facto de que, sendo o Sporting equipado pela gigante norte-americana, o número de equipamentos vendidos tanto na Loja Verde como em todo o mundo iria disparar, tendo em conta o prestígio, variedade e qualidade dos produtos da marca. A margem de lucro das vendas dos equipamentos leoninos iria superar, claramente, o dinheiro a mais que a Macron pagaria ao Sporting pelo contrato de patrocínio, para além de que uma marca como a Nike traria ainda mais visibilidade por esse mundo fora ao nosso amado clube, algo que a marca italiana não conseguiria fazer, pelo menos actualmente.

    Que nova pele teremos? Não consigo responder a essa pergunta com certezas. Apenas peço três coisas: equipamentos que respeitem a história centenária do clube, um contrato vantajoso e qualidade do material desportivo -três questões que o presidente Bruno de Carvalho, certamente, não permitirá que sejam ignoradas.

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