Sporting CP 2–0 CD Feirense: No Carnaval, Leão vestiu o “fato-macaco” para vencer

    sporting cp cabeçalho 1 Em fim-de-semana de Carnaval, o Sporting recebeu e venceu o Feirense por 2-0. Depois de duas derrotas consecutivas (Estoril e Porto, ambas fora) e pressionado pela vitórias dos seus adversários diretos na luta pelo título, os “Leões” desejavam regressar aos resultados positivos perante os seus adeptos e irem mais motivados para o embate da Liga Europa – dia 15 de fevereiro (quinta-feira), frente ao Astana, no Cazaquistão. No lado visitante, os “Fogaceiros” queriam voltar a pontuar para o campeonato para fugir aos lugares delicados da tabela classificativa, após dois desaires frente ao Paços de Ferreira e Desportivo de Chaves, embora cientes de que a sua tarefa não seria nada fácil.

    Quanto aos onzes iniciais, Jorge Jesus, face aos castigos disciplinares, foi obrigado a fazer duas alterações na equipa que jogou frente ao FC Porto para a Taça de Portugal: entrou Bruno César para o lugar de Fábio Coentrão e também na ala esquerda Bryan Ruiz rendeu Acuña. Espaço também para a entrada no onze de Fredy Montero e o para o regresso de William Carvalho, depois de lesão. Já Nuno Manta Santos optou por manter praticamente a mesma equipa que foi batida em casa pelo Desp. Chaves, na ronda anterior, fazendo entrar apenas Babanco por Hugo Seco e Luís Machado por Karamanos no onze titular.

    O início da partida foi “de leão”: em praticamente dez minutos – os iniciais –, foram cinco (!) os remates defendidos pelo guarda-redes Caio Seco. Um autêntico vendaval atacante que  começou com um remate de Doumbia aos cinco minutos; continuou com uma defesa fantástica de Caio a livre-direto de Mathieu e à sua recarga, de Bruno César; e acabou com falhanço do repetente Doumbia – que já tinha fintado o guardião – e mais uma grande defesa a remate fantástico de Bryan Ruiz, em colher.

    Os adeptos leoninos gostavam do que viam, mas suspiravam com tantas oportunidades falhadas. Porém, ainda mais suspiraram quando, no minuto vinte, o vídeo-árbitro (VAR) anulou golo a Doumbia, que pensava ter-se já redimido das primeiras ocasiões falhadas. Apesar de parecer que houve falta de Bruno Fernandes, ficam as dúvidas sobre se a mesma foi feita na jogada que originou o golo. Pecou-se, sim, pelo tempo que o árbitro demorou a decidir com o jogo a ficar parado cerca de três minutos.

    O certo é que não faltava emoção. Jogo interessantíssimo, com oportunidades de parte a parte e incerteza nas decisões. Aos trinta minutos nova ocasião para o Sporting, com Fredy Montero a cabecear para mais uma enorme defesa de Caio, sensacional até então. Quem não se deixou ficar de imediato foi Rui Patrício: que defesa monstruosa, a melhor do jogo, a cabeceamento de João Silva, de cima para baixo, na melhor ocasião de golo do Feirense. Pelo meio houve ainda tempo para mais polémica, mas os pedidos de penálti da família leonina não surtiram efeito, com Luís Ferreira a não assinalar o castigo máximo, mesmo com a consulta do VAR.

    Mas a avalanche atacante do “leão” continuava e só um jogador fogaceiro a conseguia conter: Caio Secco. Que exibição tremenda do guarda-redes do Feirense! Nos últimos dez minutos da primeira parte foram mais duas defesas incríveis, a remates de Mathieu e Bruno Fernandes que tinham selo de golo. E quando não era o guarda-redes, eram os jogadores do Sporting que não tinham a pontaria afinada, casos de – mais uma vez – Seydou Doumbia e William Carvalho, com o primeiro a chegar tarde a um cruzamento e o segundo a cabecear por cima aos 41 minutos.

    E uma primeira parte de loucos como esta só podia acabar com mais emoção – sim, outra vez! Primeiro houve mais uma longa interrupção por possibilidade de grande penalidade, mas o remate de Montero foi cortado pela cabeça de Flávio Ramos – que depois demorou a ser assistido – e depois foram Bryan Ruiz e Luís Machado, com espaço e de cabeça, a desperdiçarem para cada uma das suas equipas. Agora sim, há espaço para respirar fundo, intervalo. Primeira parte de loucos, com os artistas a brilharem, com especial foco para a grande exibição dos guarda-redes – principalmente de Caio Secco – e para o desperdício da equipa leonina.

    Fonte: Bola na Rede
    Fonte: Bola na Rede

    Para a segunda parte, o técnico leonino decidiu não fazer qualquer substituição, uma vez que a sua equipa até tinha mostrado uma boa atitude na busca do golo durante os primeiros 45 minutos, apesar do marcador não ter sofrido qualquer alteração. A toada nos primeiros instantes manteve-se: Sporting a carregar para chegar à vantagem e o Feirense a fazer de tudo para continuar em situação de empate. Ao minuto 52, Caio Secco voltou a fazer uma excelente defesa a cabeceamento de Doumbia. Num livre ensaiado, Bruno César, ao minuto 60, rematou à baliza do Feirense, embora não tenha causado grandes dificuldades ao guardião visitante.

    Vendo que a frente de ataque composta por Montero e Doumbia não ia conseguindo incomodar Caio Secco, Jorge Jesus mandou entrar o jovem Rafael Leão, que assim fazia a sua estreia na Primeira Liga, para o lugar de Bryan Ruiz. A equipa da casa voltou a ter mais um golo anulado aos 69 minutos, desta vez por fora de jogo de Gelson Martins. O Feirense teve uma bela oportunidade ao minuto 72, por intermédio de Edson Farias, que obrigou Rui Patrício a ter de se esticar para evitar o golo visitante. Lumor também fez a estreia pelo Sporting, ao render Bruno César, naquela que foi a segunda substituição do lado leonino. Perante tanta insistência, o Sporting acabou por ser recompensado: na sequência de um canto e após alguma confusão na área do Feirense, William Carvalho cabeceou para fazer o primeiro golo do encontro, que fazia sossegar os adeptos sportinguistas.

    Para voltar a equilibrar a equipa a nível do meio-campo, Battaglia foi lançado para o lugar de Doumbia, que no jogo de hoje desperdiçou inúmeras oportunidades para fazer o gosto ao pé. Nuno Manta Santos esgotou as suas substituições e colocou em campo José Valência e Karamanos, com o objetivo de ainda conseguir o golo do empate. João Silva teve uma boa ocasião a três minutos do fim para marcar, mas o seu remate saiu bastante por cima da baliza de Rui Patrício. Quando o Feirense fazia o forcing final para alcançar o empate, o Sporting acabou com as dúvidas no marcador: perto do minuto 90, Montero fez o 2-0, após um cruzamento rasteiro de Gelson Martins.

    O Sporting venceu por duas bolas a zero o Feirense, e voltou assim a colar-se aos seus rivais no topo da classificação. Num triunfo que foi complicado, o “Leão” teve de vestir o “fato-macaco” para conquistar os três pontos, que mantém a equipa de Alvalade na luta pelo título.

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