O Rio Ave recebeu e venceu o Braga pela vantagem mínima. Num jogo muito intenso, como esperado, e bastante polémico, um golo de Guedes, que acabou expulso, acabou por ditar o resultado final.
Após a pausa para as seleções, Rio Ave e Braga regressaram à competição para disputar a quarta eliminatória da Taça de Portugal. Os dois candidatos aos lugares europeus chegaram à partida após terem eliminado equipas de escalões inferiores e com aspirações de continuar na competição.
Do lado do Rio Ave o principal destaque no onze lançado por Miguel Cardoso foi a ausência de Francisco Geraldes, deixado no banco em detrimento de João Novais. Do lado dos arsenalistas, Abel abdicou de Xadas, colocando Ricardo Esgaio como médio direito.
O Braga começou melhor, tendo ficado perto do golo aos oito minutos, quando Ricardo Esgaio quase roubou a bola a Cássio dentro da área. O guarda-redes do Rio Ave demorou muito a soltar a bola, na sequência de um atraso, e o jogador do Braga ainda intercetou o passe, mas a bola acabou por sair pela linha de fundo.
No minuto seguinte o guarda-redes do Rio Ave passou por novo sobressalto, novamente com Ricardo Esgaio. O ex-jogador do Sporting apareceu nas costas da defensiva vilacondense, Cássio demorou muito tempo a sair e acabou por cometer falta quando o jogador do Braga seguia isolado para a baliza deserta. O árbitro Tiago Martins acabou por perdoar a expulsão ao guarda-redes, para grande descontentamento dos adeptos bracarenses.
O Rio Ave mostrava-se muito intranquilo no jogo e o Braga ia controlando, não deixando a equipa de Miguel Cardoso criar perigo. João Novais tentou empurrar a equipa para a frente com um remate de meia distância, mas Matheus defendeu sem problemas.
Com o passar do tempo o Rio Ave foi acalmando o seu jogo e acabou por chegar ao golo aos 36 minutos. Grande passe na direita de Tarantini, a rasgar a defesa, com Guedes, solto na área, a finalizar na cara de Matheus.
O Braga tentou responder de imediato e marcou mesmo, mas o golo foi invalidado por fora de jogo. Esgaio apareceu solto na esquerda, cruzou para Dyego Sousa e o avançado brasileiro desviou com classe de calcanhar, estando, contudo, em posição irregular.
A dois minutos do intervalo houve novo lance polémico no Estádio dos Arcos: mais um cruzamento de Esgaio, Ricardo Horta rematou para defesa apertada de Cássio e os adeptos arsenalistas reclamaram que a bola teria ainda assim entrado. Fica a ideia, contudo, que o esférico não terá ultrapassado a linha na totalidade.
O intervalo chegou assim num jogo com muitos destaques e marcado por uma arbitragem polémica, onde o Rio Ave chegou à vantagem de forma bastante feliz.
A segunda parte começou a um ritmo mais baixo e os destaques nos primeiros minutos não foram muitos. Insatisfeito com o rumo do jogo, Abel promoveu uma dupla alteração e Hassan e Fábio Martins entraram para os lugares de Ricardo Horta e Dyego Sousa.
As alterações vieram mexer com o jogo e a partida entrou novamente num período de grande intensidade. O Rio Ave ameaçou primeiro, por João Novais, e do outro lado Cássio negou o golo ao recém-entrado Hassan.
O médio do Rio Ave ameaçou novamente pouco depois, mas Matheus voltou a levar a melhor. Insatisfeito com a forma como o jogo vinha ficando partido, Miguel Cardoso fez entrar Francisco Geraldes para o meio campo, sendo João Novais o sacrificado.
A entrada surtiu o efeito desejado e o jogo voltou a acalmar. Cássio, contudo, continuou a mostrar-se muito inseguro e quase causou o golo do Braga ao perder novamente a bola na saída. A equipa arsenalista, contudo, atrapalhou-se com a oferta e acabou por desperdiçar quando tinha três jogadores em boa posição.
Miguel Cardoso sentiu o aviso e fez nova alteração na equipa, trocando Barreto por Nuno Santos. Em desvantagem, Abel respondeu com a entrada de Paulinho, sacrificando o defesa Marcelo Goiano.
O Rio Ave estava melhor, controlando o meio-campo e a posse de bola, e esteve perto de ampliar a vantagem de livre direto. O remate de Rúben Ribeiro, contudo, saiu ligeiramente ao lado da baliza de Matheus.
O Braga só aos 86 minutos foi capaz de criar perigo novamente. Jefferson apareceu solto pela esquerda, cruzou para o coração da área e Paulinho apareceu para o desvio, mas o remate saiu ligeiramente ao lado da baliza de Cássio.
A equipa de Abel ameaçou de novo no minuto seguinte, em mais uma má abordagem de Cássio. O guarda redes voltou a demorar a soltar a bola, atrapalhou-se e quase permitiu o desarme de Hassan.
Já em tempo de compensação Guedes, que se preparava para ser substituído por Paulinho, viu o segundo amarelo por demorar demasiado tempo a abandonar o terreno de jogo e acabou expulso.
Até ao final não houve mais destaques e o Rio Ave acabou por conseguir assegurar a continuidade na Taça.