SC Braga 2-1 CD Santa Clara: Pose de vencedor

    Cabeçalho Futebol NacionalA magia da Taça voltou ao Estádio Municipal de Braga repleta de emoção e alguma ansiedade. Jogo muito disputado na troca de bola e por vezes sem grande imaginação, são os pontos-chave deste encontro referente à quarta eliminatória da Taça de Portugal. Ou dezasseis avos de final para os mais atentos. Do lado arsenalista deram-se algumas mudanças no onze como Bakic e Stoijilikovic a jogar de início, enquanto que os açorianos optaram por colocar os habituais e mais rotinados. Apesar da superioridade bracarense ter sido evidente, os arsenalistas não se livraram nunca de um grande susto, tendo chegado o Santa Clara primeiro ao golo. O Braga reagiu e mostrou que a Taça está cá para ficar. Rui Fonte sempre inconformado empatou aos oitenta e seis minutos e Stoijilicovic, com aquele faro único para o golo deu a vitória em cima do apito final. Testada em força e bola lá dentro. Dois para um foi o resultado. O bilhete para a próxima fase vai então para os Guerreiros do Minho que lutaram com todas as sua forças sem nunca desistir. Às vezes sem grande critério ou imaginação, mas o resultado foi reflexo do seu atrevimento. Ultrapassada está, mais uma etapa rumo ao Jamor.

    Começava o jogo em Braga e ainda o público entrava no recinto de mantinha e casaco quente. Dizer que estava frio é pouco para quem esteve na mesma posição durante uma hora e meia. Uma espécie de manequim challenge mas durante mais tempo. Poucos, mas todos a fazer a mesma pose. Braços junto ao corpo e entrelaçados à procura de algum calor. No que ao jogo diz respeito, uma série de iniciativas individuais por parte de Wilson Eduardo no início do encontro, tentando fuzilar Serginho, descrevem a primeira pose para o desafio. Braços e mãos esticados com ar de espanto. Esteve perto do golo. O Santa Clara ia tentando apresentar o seu futebol ao continente e por algumas vezes esteve perto da baliza de Marafona, mas como este fim-de-semana não havia cupões ou grandes descontos o resultado mantinha-se intacto. O Braga tentava sair a jogar, fosse por Pedro Santos ou Rui Fonte, que por duas vezes alteraram a pose para o desafio. Só foi pena ter resultado em amarelo. «Rui não te podes mexer… Qual é tua!? Estamos a gravar e à tua conta ainda vamos ter de repetir… Tinhas razão mas para a próxima mais calma a reagir grande Rui!» Intervalo no municipal de Braga e o resultado estava a zeros.

    A segunda parte não trouxe alterações nas equipas mas os bracarenses entraram com outra postura. Outra pose. Pose de vencedor. Mais oportunidades, mais bola e mais criatividade. Mas a verdade é que toda esta brincadeira de estar quieto podia ter corrido mal. Com pézinhos de lã e numa jogada muito bem desenhada o Santa Clara adiantou-se no marcador por intermédio de Telmo Castanheira, que passado o magusto ainda tinha muito fruto. E em nada secos. Merecido pela jogada e pelo oportunismo demonstrado. É aqui que se começa a ver demasiado movimento nos manequins. Nervosismo na entrega e na recepção podia ter ditado o segundo do Santa Clara. Até Marafona gelou quando a bola lhe fugiu dos pés e quase entrava na baliza. Se assim fosse, a Pedreira seria o sítio mais quente no recinto… Ou o banco do Santa Clara. José Peseiro mexeu na equipa e o resultado disso mesmo foi a quantidade de oportunidades criadas. Depois de tanto desperdício e um par de enormes defesas do agora Sergão o resultado mantinha-se. Mas o Braga não desistiu. Não iria entregar o jogo nem a Taça de forma tão fácil. Numa jogada de insistência, Baiano descobre Wilson Eduardo que cruza em força para Rui Fonte encostar. Está feito o empate e os ânimos serenam e muito na cidade de Braga. E quando o público mais queria o Braga fez mesmo o segundo. Tudo a fazer pose e Stoijilikovic ignora por completo o cenário. «Se é para fazer de árvore não quero!» Golão de cabeça e o estádio explode de alegria. A vitória carimbou a passagem dos arsenalistas à fase seguinte e o Santa Clara abandonou a prova com um aplauso merecido. Rumo ao Jamor, estamos juntos.

    Rescaldo de Pedro Nuno Sousa

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