Quem te viu e quem te vê. Por momentos parece que nunca saíste daqui, apenas estás desaparecido. Um pouco como o Pizzi andou esta época. Bem, ouvimos dizer que poderias voltar a casa, depois de teres visto que ainda não tens idade nem preparação para voos maiores.
Lamentamos que isto tenha sido assim. O nosso Renato era um predestinado. Era suposto ser grande em todos os aspetos. Era para nós uma certeza, que o nosso Renato iria chegar fosse onde fosse, e arrumar a um canto qualquer que fosse o adversário. Porque aqui era isso que acontecia. Galgavas metros e metros com a bola sem que ninguém ousasse sequer tirar-ta. E isso era lindo aos nossos olhos. Tu eras o nosso menino de ouro.
De uma geração de muitos que também partiram, atrevo-me a dizer que eras o nosso favorito. Primeiro por teres realmente jogado com a nossa camisola. E segundo porque a tua entrada foi com a devida pompa e circunstância. E lançaste o nosso Benfica para um ciclo novo que culminaria no campeonato.
Quero que saibas que não te julgamos por teres saído, nem duvidamos das tuas capacidades mesmo depois de dois desaires. Porque te vimos nascer, e te vimos no teu esplendor. E nos deste alegrias… sempre alegrias. Dizem que depois de sair de casa nunca mais se deve voltar, que é um passo atrás na vida, mas Renato, volta para os teus. Volta a ser quem eras. A jogar como jogavas. A irritar o mundo extra benfiquista por estares nas bocas do mundo. Volta e quando estiveres forte o suficiente vai e vinga este primeiro falhanço. Para que todos vejam o que nós vimos em ti!
É o que te peço, como um simples benfiquista que prefere uma rasta tua a um Filipe Augusto na tua posição.
Deixo-te com uma mensagem de George Moore, que resume a tua situação, e que poderás usar no teu próximo post do instagram:
“Um homem percorre o mundo inteiro em busca daquilo que precisa e volta a casa para encontra-lo.”
Até já Sanches!