Olheiro BnR – Ezequiel Schelotto

    olheiro bnr

    Sem clube desde o último Verão, o lateral/extremo-direito Ezequiel Matias Schelotto acabou finalmente de encontrar um novo rumo para a sua carreira, tendo sido confirmado recentemente como novo reforço do Sporting, clube português que já o seguia há imenso tempo e que até já o tinha procurado adquirir na última janela de transferências.

    Nascido na Argentina a 23 de Maio de 1989, o atleta polivalente representou emblemas como o Velez Sarsfield e o Banfield, no país das Pampas, ainda que tenha sido em Itália que passou a maior parte da sua carreira, tendo mesmo chegado a internacional A pela Squadra Azzurra, mais concretamente num amigável diante da Inglaterra.

    De sublinhar que esse percurso pelo futebol italiano iniciou-se em 2008, no Cesena, clube onde Ezequiel Schelotto haveria de permanecer por três temporadas, num périplo marcado pela ascensão do terceiro ao primeiro escalão e pela realização de 66 jogos oficiais (oito golos).

    Um saltimbanco do Calcio

    Na temporada de 2010/11, última em que representou o Cesena, Ezequiel Schelotto já representava esse emblema por empréstimo da Atalanta, sendo que o futebolista de origem argentina nem sequer haveria de terminar essa sua época de estreia na Série A nos Cavallucci Marini, acabando por ser cedido no Catania  (14 jogos, um golo) na segunda metade dessa campanha.

    Ora, o Atalanta, que havia contratado o internacional italiano no Verão de 2010, apenas o veria representar efectivamente o clube a partir de 2011/12, temporada que marcou o regresso do clube de Bérgamo à Série A, sendo que Schelotto haveria de criar um grande impacto nesse período, somando um total de 56 jogos (dois golos) e conseguindo mesmo o salto para o Inter de Milão.

    Aos nerazzurri, aliás, esteve vinculado até ao último Verão, ainda que nem sempre os tenha representado, somando apenas um total de 13 jogos  (um golo) e acabando nesse mesmo período por acumular cedências a emblemas como o Sassuolo (12 jogos, um golo – 2013/14); Parma (16 jogos, quatro golos – 2013/14); e Chievo (29 jogos – 2014/15).

    Ezequiel Schelotto tem sido incansável no apoio à sua equipa através das redes sociais Fonte: Facebook Oficial de Ezequiel Schelotto
    Ezequiel Schelotto tem sido incansável no apoio à sua equipa através das redes sociais
    Fonte: Facebook Oficial de Ezequiel Schelotto

    Uma locomotiva que não é um prodígio técnico

    Ezequiel Schelotto é um futebolista que actua preferencialmente como extremo-direito, tendo como principais valências a sua velocidade, a explosividade e a capacidade física, sendo acima de tudo um jogador especialmente perigoso quando embalado de trás e com espaço para progredir no terreno.

    Estas características, aliadas ao facto de ser apenas mediano em termos técnicos, tornam o internacional italiano menos habilitado para criar desequilíbrios se não tiver esse mesmo espaço, parecendo então mais indicado para explorar situações de contra-ataque, algo que já lhe mereceu o rótulo de não ser um “extremo de equipa grande”.

    Nesse seguimento, talvez seja como um lateral-direito de perfil ofensivo que Jorge Jesus o imagine preferencialmente no Sporting, até porque à sua velocidade e envergadura física (1,87 metros, 81 quilos) há ainda que acrescentar a natural inteligência táctica de quem actuou tantos anos no Calcio.

    Foto de Capa: Sporting Clube de Portugal

    - Advertisement -

    Subscreve!

    Artigos Populares

    Ricardo Figueiredo
    Ricardo Figueiredohttp://www.bolanarede.pt
    Sportinguista sofredor desde que se conhece, a verdade é que isso nunca garantiu grande facciosismo, sendo que não tem qualquer problema em criticar o seu clube quando é caso disso, às vezes até com maior afinco do que com os rivais. A principal paixão, aliás, sempre foi o futebol no seu contexto mais generalizado, acabando por ser sintomático que tenha começado a ler jornais desportivos logo que aprendeu a ler. Quanto ao ídolo de infância, esse será e corre o risco o de ser sempre o Krassimir Balakov, internacional búlgaro que lhe ofereceu a alcunha de “Bala” até hoje. Ricardo admite que ser jornalista desportivo foi um sonho de miúdo que conseguiu concretizar e o que mais o estimula na área passa pela análise de jogos e jogadores, nomeadamente os que ainda estão no futebol de formação ou naqueles campeonatos menos mediáticos e que pensa sempre que ninguém vê como o japonês, sul-coreano ou israelita..                                                                                                                                                 O Ricardo não escreve ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.