A época foi brilhante e o rendimento de alguns jogadores superou todas as expetativas. No início da temporada, alguns jogadores eram vistos com alguma desconfiança (Marega e Herrera) ou como jogadores que teriam poucos minutos de utilização (Sérgio Oliveira era um dos casos) e que teriam pouca relevância na época portista. Na minha opinião, as grandes surpresas da época foram Ricardo Pereira, Sérgio Oliveira, Herrera e Marega.
Ricardo Pereira – O defesa portista teve uma época absolutamente brilhante, o seu talento já era conhecido e as épocas no Campeonato Francês foram prova disso. Foi um dos indiscutíveis para Sérgio Conceição, sendo utilizado em 43 jogos. A sua polivalência foi uma mais-valia sendo que em diversos jogos foi utilizado numa posição mais adiantada no terreno. As boas exibições levaram a que conste na pré-convocatória do selecionador nacional Fernando Santos.
Sérgio Oliveira – Talvez a maior surpresa da época, um jogador que prometeu muito nos seus anos de formação mas que nunca se tinha conseguido afirmar de forma tão categórica. Começou por ser o jogador dos “jogos grandes” quando o treinador portista queria dar mais consistência ao meio campo azul e branco. Aquando da lesão de Danilo, Sérgio Oliveira assumiu um papel preponderante na equipa e deu uma resposta fantástica nessa fase crucial da época. O médio portista é outro dos pré-convocados de Fernando Santos para o Mundial de Futebol.
Herrera – Sempre foi um “patinho feio” para muitos adeptos portistas, mas a época do capitão do FC Porto fez com que acabasse como o verdadeiro herói. O golo no Estádio da Luz foi a “cereja no topo do bolo”. Rendimento desportivo de alto nível, exemplo de liderança no campo e no balneário e uma grande interação com os adeptos faz de Herrera neste momento uma das grandes figuras do FC Porto. Como dizia esta semana o guarda-redes João Costa, “ninguém é mais portista que Herrera”.
Marega – O internacional maliano tinha tido uma passagem pouco feliz pelo dragão na época 2015/16 e no início da temporada era visto com alguma desconfiança por muitos adeptos. Não começou a época como titular mas a lesão de Soares abriu-lhe as portas da titularidade e o avançado internacional pelo Mali arrancou para uma época absolutamente brilhante, sendo mesmo o melhor marcador da equipa na Primeira Liga. Foi crucial na ideia de jogo de Sérgio Conceição, pela sua explosão, capacidade física e pelas alternâncias táticas que permitia ao treinador portista fazer.
Foto de Capa: FC Porto
Artigo revisto por: Jorge Neves