Carrillo: A arte do bem definir

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    A época começou e uma das maiores discussões no plantel benfiquista residia na posição de extremo. Salvio manteve-se e no Verão chegaram Zivkovic, Carrillo, Rafa e Cervi. Muitos lugares para um poleiro – neste caso dois. O peruano Carrillo, pela sua história com o maior rival, era o que despertava maior curiosidade dentro das hostes encarnadas. Depois de alguns meses a grande nível no Sporting, Carrillo teve uma primeira metade de época complicada no Benfica. E só agora, com mais oportunidades, mostra a sua qualidade, ainda insuficiente para entrar no onze, segundo Rui Vitória…

    Rui Vitória tem pautado as suas opções pelo conservadorismo e, até, alguma teimosia. Não há lugar para alterações, mesmo que alguns jogadores possam estar em sub-rendimento. Cervi passou muito tempo no onze e apenas o despertar de talento de Zivkovic e a boa forma de Rafa obrigou o técnico a resguardar o argentino como arma secreta. Do outro lado, Salvio tem sido sempre escolha, quando há outras opções…

    Carrillo, na primeira metade da época passada – com Jorge Jesus a fazê-lo crescer –, teve grandes actuações no lado direito do meio-campo. O peruano teve sempre o talento do seu lado, porém, isso não chegava. Carrillo começou a ser um jogador mais cerebral, com capacidade de jogar em zonas interiores, disciplinado em termos tácticos e, acima de tudo, competente na definição dos lances.

    É claro que não se pode definir sempre bem. A qualidade defensiva do adversário, aliada à (des)inspiração do jogador, pode redundar numa noite menos feliz. Ainda assim, percebendo que o Benfica adopta um futebol de desequilíbrio e de vertigem, o contributo de Carrillo – com um futebol mais pensado e elaborado – poderia dar outra qualidade de jogo às águias. Rui Vitória tem a palavra.

    Foto de Capa: SL Benfica

    Artigo revisto por Mafalda Carraxis

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    Jorge Fernandes
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