Pelo nome bem podíamos estar a falar de um filme que envolvesse questões do foro psiquiátrico com reminiscências a Freud. Não é. Mas também não está muito longe. Desde o início da temporada foram registados oito casos de treinadores que foram despedidos dos seus clubes na Primeira Liga. Cabe-nos agora perceber os efeitos que estas “chicotadas psicológicas” acabam por ter no desempenho das equipas e no desfecho final do campeonato.
Desde o início da época foram oito (!) os casos de treinadores despedidos na Primeira Liga. Antes de começar esta análise, importa dizer que não incluo aqui o caso de José Gomes, que saiu do Rio Ave FC para o Reading em Inglaterra, não sendo despedido. Adiante. As chicotadas psicológicas encontram sempre os maus resultados como a sua principal razão de existir. É cliché continuarmos a afirmar que há pouca paciência para esperar por resultados, há pouca paciência para acreditar nos métodos de treino dos técnicos, quando não se vislumbram resultados positivos mas apesar de cliché corresponde à realidade.
É esta a triste sina dos treinadores, é com ela que têm e devem conviver. E, pelo menos para já, não há grandes melhorias à vista quanto a esse aspeto. No ano passado, na mesma altura, já tinham sido oito os treinadores a serem dispensados dos seus cargos, número idêntico ao que se regista nesta fase.
Na temporada passada acabaram por descer duas equipas que tiveram três treinadores durante a temporada (Estoril e Paços de Ferreira FC), em sentido inverso, mantiveram-se equipas com um só treinador (Vitória SC e CD Feirense) ao longo da época e outras que mudaram a tempo de descer (CD Aves, Boavista FC e Moreirense FC).