Leram bem! Tragam o Renato! Mas tragam rapidamente!
Era o dia 10 de Maio de 2016. Nem a época estava concluída e caía a bomba futebolística. Renato Sanches, médio formado no Seixal, acabava de assinar um contrato milionário e de longa duração com o poderoso Bayern de Munique. O Benfica deixava assim partir um jogador que nem uma época inteira tinha realizado no plantel encarnado. Passou quase um ano depois dessa transferência e pouco mais se falou do jovem talento português. Marcou presença, é verdade, no Europeu, mas posteriormente e em território alemão jogou pouco. “Pouco” traduz-se em apenas 21 jogos realizados nas três competições onde o tubarão alemão está ainda inscrito. Em 21 encontros realizados, 0 é o número de golos e o número de assistências. Concluo esta introdução dizendo que não deverá ser o jogador mais feliz do mundo.
Com uma concorrência de elite, como Xabi Alonso, Thiago, Vidal, ou Kimmich, a presença no 11 titular é muito rara; podemos até dizer que se conta pelos dedos de uma mão. No início da época, na altura da disputa pela Supertaça, surgiu com uma maior regularidade do que nas últimas partidas do coletivo do técnico italiano. O banco continua a ser o seu local de trabalho e são poucas as vezes em que acaba por ser utilizado no decorrer das segundas partes.
No Benfica, num meio-campo onde habita Pizzi, André Horta e Filipe Augusto, a presença de Renato na próxima época trazia mais alternativas ao meio-campo e levaria Rui Vitória a usar Pizzi também na ala. O camisola 21 fez a época passada como extremo direito e construiu uma boa química com o “menino do Seixal”. Além da qualidade de transporte de bola de Pizzi para o centro do terreno, Renato acaba por ser um jogador de explosão, um jogador que pode facilmente transportar bola e velocidade para as alas, um exercício bastante visto no Europeu do passado verão quando Fernando Santos apostou num Renato descaído para uma das linhas.
Foto de Capa: UEFA